“De repente, do nada, me veio uma ideia”. Você provavelmente já deve ter dito essa frase algumas vezes no correr de sua vida. TOLICE! Do nada só se produz uma única coisa: NADA!
INSIGHT, INOVAÇÃO, tem como método único ainda que inconsciente, o MASHUP. INSIGHT,INOVAÇÃO, são o “filho pródigo” do curto-circuito. Num mundo finalmente NOVO, PLANO e COLABORATIVO, é um curto-circuito atrás do outro. Um jorrar incessante de inovações.
STEVEN JOHNSON publicou até hoje 7 livros. Um único casamento e três filhos. Passa o réveillon de 2010/11, momento em que escrevemos este comentário, nas montanhas de “northern” Vermont, USA, esquiando pela primeira vez depois de duas décadas. Dentre seus sete livros, o de maior sucesso e que chega ao Brasil em 2011 é o mais que best-seller WHERE GOOD IDEAS COME FROM – DE ONDE VÊM AS BOAS IDEIAS. Leitura mais que obrigatória para todos que buscam inovar; e todos, deveriam.
Segundo JOHNSON, “todos sonham em um dia ter uma ideia do nada e depois contar essa extraordinária e natural epifania”. Em verdade, epifanias são pontos finais de processos exaustivos e não disciplinados de assimilação de informação. Que vão se misturando, entrando em ebulição, levantando a tampa de nossas barreiras e censuras, e, num determinado dia, e à semelhança dos vulcões, eclodem.
Nesse sentido, as redes sociais, e a internet, potencializam ao infinito todas as possibilidades de um festival incessante de inovações: “Na internet existe, assim como em todo lugar, lixo, muito lixo, mas pedras preciosas. Mas, para quem pretende aumentar suas conexões, explorar territórios novos e inacessíveis até passado recente é uma dádiva. Agora, e pela internet, tornou-se fácil testemunharmos o nascimento de coisas incríveis assim como assimilarmos e entendermos conhecimentos supostamente complexos…”.
JOHNSON, além da internet, valoriza as grandes metrópoles, como contexto ideal, ou “ninho” de qualidade, para se “chocar”, produzir, a inovação: “No passado imaginava-se que a melhor maneira de ter ideias era o se isolar, ficar quieto, sozinho, meditativo. O medo era deixar-se distrair pela confusão, trânsito, barulho. Assim, e quem pretendia inovar, deveria mudar-se para o campo, para o interior. Hoje se sabe que não existe ambiente mais adequado para a inovação que as grandes metrópoles: “as grandes cidades sempre protagonizam as mais importantes e frequentes inovações porque possibilitam a conectividade orgânica e natural, só possível onde existem grandes concentrações físicas de indivíduos…”.
JOHNSON não desaconselha os brainstorms de laboratórios, mas valoriza os que ocorrem naturalmente. “O maior problema dos brainstorms programados é toda a pressão num espaço limitado de tempo. Até pode dar certo, mas a possibilidade é pequena”.
Vamos nessa? Abrirmo-nos para o mundo? Ampliarmos nossos relacionamentos? Compartilhar informações? Criar todas as condições para que o curto-circuito aconteça?
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