segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Marketing do Estalo

“De repente, do nada, me veio uma ideia”. Você provavelmente já deve ter dito essa frase algumas vezes no correr de sua vida. TOLICE! Do nada só se produz uma única coisa: NADA!

INSIGHT, INOVAÇÃO, tem como método único ainda que inconsciente, o MASHUP. INSIGHT,INOVAÇÃO, são o “filho pródigo” do curto-circuito. Num mundo finalmente NOVO, PLANO e COLABORATIVO, é um curto-circuito atrás do outro. Um jorrar incessante de inovações.

STEVEN JOHNSON publicou até hoje 7 livros. Um único casamento e três filhos. Passa o réveillon de 2010/11, momento em que escrevemos este comentário, nas montanhas de “northern” Vermont, USA, esquiando pela primeira vez depois de duas décadas. Dentre seus sete livros, o de maior sucesso e que chega ao Brasil em 2011 é o mais que best-seller WHERE GOOD IDEAS COME FROM – DE ONDE VÊM AS BOAS IDEIAS. Leitura mais que obrigatória para todos que buscam inovar; e todos, deveriam.

Segundo JOHNSON, “todos sonham em um dia ter uma ideia do nada e depois contar essa extraordinária e natural epifania”. Em verdade, epifanias são pontos finais de processos exaustivos e não disciplinados de assimilação de informação. Que vão se misturando, entrando em ebulição, levantando a tampa de nossas barreiras e censuras, e, num determinado dia, e à semelhança dos vulcões, eclodem.

Nesse sentido, as redes sociais, e a internet, potencializam ao infinito todas as possibilidades de um festival incessante de inovações: “Na internet existe, assim como em todo lugar, lixo, muito lixo, mas pedras preciosas. Mas, para quem pretende aumentar suas conexões, explorar territórios novos e inacessíveis até passado recente é uma dádiva. Agora, e pela internet, tornou-se fácil testemunharmos o nascimento de coisas incríveis assim como assimilarmos e entendermos conhecimentos supostamente complexos…”.

JOHNSON, além da internet, valoriza as grandes metrópoles, como contexto ideal, ou “ninho” de qualidade, para se “chocar”, produzir, a inovação: “No passado imaginava-se que a melhor maneira de ter ideias era o se isolar, ficar quieto, sozinho, meditativo. O medo era deixar-se distrair pela confusão, trânsito, barulho. Assim, e quem pretendia inovar, deveria mudar-se para o campo, para o interior. Hoje se sabe que não existe ambiente mais adequado para a inovação que as grandes metrópoles: “as grandes cidades sempre protagonizam as mais importantes e frequentes inovações porque possibilitam a conectividade orgânica e natural, só possível onde existem grandes concentrações físicas de indivíduos…”.

JOHNSON não desaconselha os brainstorms de laboratórios, mas valoriza os que ocorrem naturalmente. “O maior problema dos brainstorms programados é toda a pressão num espaço limitado de tempo. Até pode dar certo, mas a possibilidade é pequena”.

Vamos nessa? Abrirmo-nos para o mundo? Ampliarmos nossos relacionamentos? Compartilhar informações? Criar todas as condições para que o curto-circuito aconteça?

Nenhum comentário:

Postar um comentário